O primeiro armazém da empresa J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. situava-se em Vila Nova de Gaia, no r/chão da casa onde residia a família que fundou a empresa no ano, já longínquo, de 1907.
De estrutura familiar, a empresa de ferro passou pelas vicissitudes inerentes a mais de um século de existência, em que percorreu uma trajectória que a levou do modesto oitavo lugar que ocupava nas vendas de ferro a nível do norte do país, nos meados do século, até uma situação de liderança do mercado, em que se mantém desde há cerca de três décadas.
O primeiro armazém era suportado por uma estrutura administrativa e comercial reduzida, com cerca de sete funcionários, adequada a um mercado pouco desenvolvido, em que todo o ferro era importado, nomeadamente de França, Alemanha e Bélgica, até à criação da Siderurgia Nacional, em 1960, que alterou substancialmente este paradigma.
Nesse tempo, a construção absorvia ainda quantidades diminutas de ferro e este material encaminhava-se para consumos de tipo rural, como eram os aros para as rodas dos carros de bois, para os alcatruzes das noras ou para as bicas que recolhiam a resina nos pinheirais. Curioso é que era também em carros de bois que se fazia o transporte do ferro para os primeiros armazéns da empresa: depois de descarregado, das barcaças, no cais de Gaia, eram esses veículos que garantiam a íngreme subida até à rua de Soares dos Reis, sede da empresa.
A distribuição do ferro foi, durante grande parte do século XX, feita por via-férrea, para o interior do país, até à aquisição da primeira viatura, uma Opel Blitz. Sinais de um tempo longínquo em que o braço humano assegurava praticamente todas as tarefas e que mudou com a introdução de equipamentos adequados, como a primeira ponte rolante, nos finais dos anos 60, cuja instalação se revelou de tal modo eficaz que foi seguida de uma série de outras que contribuíram para o desenvolvimento da empresa e a melhoria significativa das condições de trabalho.
Em 1987, a empresa detinha já uma posição no mercado que levara à sua cotação em bolsa, no seguimento de uma OPV de 25% do capital. O mercado dos produtos siderúrgicos é hoje dominado pela J. Soares Correia – Armazéns de Ferro S.A., que alargou a sua actividade através da aquisição de empresas da mesma área de actuação, particularmente a «M.Cardoso» e a «José Pinto Magalhães» (em 1987) e a «FerroBeiras» e a «Transferro» (em 1990).
Após a inevitável dispersão de capital, própria de uma organização familiar que já ia na quarta geração, o ramo Correia dos Santos adquiriu, em 1998, a totalidade do capital aos restantes herdeiros e concentrou os destinos da empresa que ganhava, assim, uma nova geração de empreendedores. Numa estratégia de expansão gradual e de cobertura nacional, criou estruturas na Guarda, Palmela, Maia e Vila Real. O ano de 2000, ano da centralização da sede e do principal armazém na Maia, foi marcante nesta evolução. Hoje, a empresa, certificada em 2003, pela ISO 9001, gere mais de 100.000 m2 de área ocupada por instalações, dotadas de tecnologia evoluída ao nível dos equipamentos de pesagem, movimentação de cargas, de linhas de corte de vigas e de chapas em aço e de máquinas de corte e moldagem de varão para betão, a par de uma frota significativa de viaturas pesadas e de um complexo parque tecnológico de apoio ao sistema de informação da empresa.
Numa perspectiva de internacionalização e com uma estratégia de acompanhar os clientes, constituímos, em 2009, a J. Soares Correia Angola S.A..
Orgulhamo-nos do facto da J. Soares Correia, permanecer na mesma família, actualmente representada pela quarta e quinta geração, sempre a comercializar produtos siderúrgicos e com a mesma motivação de sempre, corresponder às necessidades e expectativas dos seus estimados clientes.